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Mostrando postagens de 2009

Crueldade

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Crueldade - Vai, vai “mermão”. Anda logo com isso. Passa a grana logo, meu. - Ca calma... - Que calma, véio. Anda logo. Tá demorando muito. Assim começava um assalto a um posto de gasolina de beira de estrada. O meliante era baixo, por volta de 1,60 m. Aparentava ter no máximo 25 anos. Barba rala e o rosto sujo, juntamente com uma touca preta, dificultava a identificação. O mais impressionante eram os olhos. Eram pequenos e estavam vermelhos. Transmitiam uma maldade, um sadismo difícil de descrever. Ficou de tocaia ate o momento que o caixa passou para recolher o numerário dos frentistas. Era inicio de feriado prolongado e o posto teve movimento o dia todo. Estava acabando o turno do caixa e ele, foi recolher o dinheiro para conferência e a guarda do movimento do dia. O individuo tinha as roupas sujas, a calça larga e suja de barro, estava amarrada com um barbante. Entrou no escritório do posto sem ninguém perceber, parecia um pedinte. Foi quando anunciou

Esquecimento

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Ralph Martel é um escritor famoso, reconhecido internacionalmente pela sua incrível marca de 119 livros publicados. É o escritor com mais livros publicados na atualidade. Suas obras estão entre os mais vendidos no ranking da Veja, Folha de São Paulo e lá fora, no New York Times. Ganhou o prêmio de escritor do ano pela vigésima vez. Esse é seu outro orgulho, a sala de troféus. A primeira é sua biblioteca particular formada por seus livros que dividia espaço com a sala de troféus. Em um canto da sala, algo que destoava do ambiente. Era um livro diferente de todos os outros, com capa de couro grosso e fecho com uma tira também de couro travada com uma presa canina. Estava pousada em uma mini estante para livros toda aveludada. O marcador de páginas do livro, parecia uma orelha com ponta. O livro pulsava levemente como se respirasse. Era o único movimento na sala escura. Noite fria de sábado em São Paulo. Dentre as dezenas de eventos naquela noite, a mais badalada, pelo me
Caros amigos, A votação encerrou. Infelizmente não estou entre os cem blogs mais votados na minha categoria. Mas agradeço a cada voto que recebi, a cada leitor e amigo, que acreditou em mim e votou no meu blog. Mas não foi desta vez. Espero haver outras oportunidades como essa. Agradeço também ao site TopBlog, por ter me convidado e ter me dado tanta visibilidade. A todos, o meu MUITO OBRIGADO. Jack Sawyer

Como palco, o parque

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Era mais um dia de trabalho duro. Vida sofrida, dura e perigosa essa. Correndo risco a cada metro percorrido em uma das cidades mais populosas do mundo. Muitos carros, motos e até caminhões disputando o mesmo espaço. Discussões, acidentes e mortes. Assim era o dia de Dionésio. Passava o dia na rua. Uma entrega aqui, outra ali e o mais rápido possível. Quanto antes voltasse para a empresa, mas serviço pegava e mais dinheiro ganhava. Não era tanto assim. Mas dava pra comer e pagar a prestação da moto. Estava no meio do trânsito, em plena segunda-feira, quando viu uma moça na calçada. Aquele vislumbre entre uma manobra e outra entre os carros. Virou na próxima rua, contornou o quarteirão e parou ao lado da moça. Se apresentou a ela como fotógrafo e perguntou se ela tinha interesse em ganhar algum dinheiro com fotos. A moça achou estranha a pergunta e tentou escapar. Ele com a voz suave disse que era para uma campanha de conscientização ecológica. As fotos seriam tiradas em um parque e

A fuga

As batidas na porta da sala não paravam. Vinicius tentava tapar os ouvidos, mas não conseguir impedir. O som dos socos e pontapés que seu pai dava na porta da sala, não paravam. Nilza, mãe de Vinicius queria impedir que Avelino entrasse em casa. Estava bêbado novamente. E como sempre nervoso. Avelino era um homem forte, trabalhava como “chapa”1 desde que perdeu o emprego, há mais ou menos um ano, e o pouco que conseguia durante o dia, bebia tudo e mais um pouco, no bar do seu Juvêncio, que ficava na esquina. Nilza se virava, vendendo salgadinhos e doces na rua. Vinicius a ajudava sempre que podia, quando voltava da escola. “Que saudades do antigo Avelino”, dona Nilza sempre falava isso. Na época que ele não bebia e não batia nela. Era uma boa pessoa. Mas agora, bastava beber para se transformar em outra pessoa. Um animal. Lá fora, largou a esteira de impropérios contra sua esposa e às vezes, contra o seu filho e contra qualquer um que se metesse em seu caminho. Os vizinhos, incomodados

Uma noite inesquecível.

Sidnei estava sonolento e com frio, brigava para manter os olhos abertos e a consciência, mas era difícil. Sua cabeça doía muito, mais ainda quando tentava abrir os olhos. Pensou ouvir batidas. Parecia que estava em sua casa. Não agüentando mais, voltou aos braços de Morpheu, mergulhando na inconsciência. 3 meses atrás Sidnei Tesla era um empresário de sucesso, mas gostava de “curtir” a vida. Estava sempre nos eventos e nas baladas. Solteiro, dificilmente voltava para casa sem companhia. Era alto, forte e gostava de cuidar do corpo e da saúde. Freqüentava academia todo dia e tinha uma alimentação regrada. Com 32 anos, gozava de perfeita saúde e fazia checkup periodicamente. Nos fins de semana, freqüentava as mais badaladas danceterias e boates da cidade. 2 meses atrás Houve uma noite se sábado, em que ele ficou no bar e conheceu uma loira de grandes atributos físicos que não vale a pena relatar aqui. Enfim, ela recusou seu convite para sair, apesar de sua insistência. Naquela noite ele

O dia em que salvei a Terra

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O dia em salvei a Terra por Jack Sawyer jack.sawyer@itelefonica.com.br http://contosfantasticosdesial.blogspot.com Eu já contei a vocês como salvei a Terra? Ano 1908 – 07:05 am Sórem segura o manche firmemente. Acabara de entrar na atmosfera terrestre. Voava a baixa altitude. Não queria que sua missão acabasse antes mesmo de começar. Apesar de usar um moderno caça de reconhecimento, que era praticamente invisível para os equipamentos desse século, ainda poderiam ser visto por alguém. Segundo suas fontes, a região de Tunguska não era deserta como a Sibéria. Havia casas esparsas em meio aos pinheiros e ao redor do lago que leva o mesmo nome. Olhou novamente o relógio temporal da nave. Estava na data certa, 30/06/1908. Continuava a segurar o manche firmemente e o dedo polegar sobre o botão amarelo com as letras R.A.P.(1). Apesar da nave ser dotada de piloto automático, ele queria ter certeza de que apertaria o botão no momento certo. O medo de não ter sucesso na miss

Seu nome era Vilma

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O que nos é mais precioso? A família? Os Amigos? A vida? Devemos abandonar tudo por um sonho? Conheçam Vilma. Por Jack Sawyer http://contosfantasticosdesial.blogspot.com jack.sawyer@itelefonica.com.br Seu nome era Vilma. E Vilma era alegre e descontraída. Tinha muitos amigos e estava sempre passeando com eles na praia, no shopping e nas baladas de fim de semana. Era amável com os colegas de serviço e todos gostavam dela. Mas de uns tempos pra cá, Vilma vinha tendo uns sonhos estranhos. Sempre o mesmo. Em seu sonho, um rapaz muito belo vinha lhe visitar a noite. Entrava pela janela mesmo ela estando fechada. Ficava parado ao lado de sua cama sem nada dizer. Vilma o via, mas também não dizia nada. Queria falar, queria tocá-lo, saber que ele era, mas ficava hipnotizada por aquele rosto redondo com olhos azuis tristes. Ia trabalhar triste e com raiva ao mesmo tempo por ter que acordar cedo. Já não era tão amável e alegre. Ficava sempre distraída e não prestava atenção ao que outros diziam.

Svdar e os Gobis

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Svdar e os Gobis jack.sawyer@itelefonica.com.br http://contosfantasticosdesial.blogspot.com Do alto da colina Micasi, Svdar contempla o exército de Gobis(1) , em volta do lago Belzener. - O que faremos agora meu rei? – pergunta Yatis, general do exército de Medilan. Svdar não responde. Fica observando aquele grande exército. Se persistisse no ataque, os Gobis envenenariam o lago. Já haviam extraído o suficiente para abastecer a tropa por um mês. Por outro lado, se recuasse, os Gobis tomariam conta do lago e poderiam até cortar o abastecimento de água para Medilan, sitiando a cidade. As duas escolhas eram ruins para Medilan. - Yatis. – chamou Svdar – mande um mensageiro ao bosque. Mande procurar por Vala Mal Doran e leve o meu anel, ela vai entender. – disse entregando um dos seus anéis a Yatis. - O que pretende meu senhor? – questionou Yatis. - Cobrar um favor, meu caro amigo. Mande trocar a trombeta. Vamos nos retirar... por enquanto. O som da trombeta ecoa pela planície. As tropas av

Por trás da décima porta

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Por trás da décima porta jack.sawyer@itelefonica.com.br http://contosfantasticosdesial.blogspot.com As pessoas estavam gritando. A grade do segundo andar do grande salão estava em chamas. Muitos estavam se atirando lá de cima, para acabarem sendo pisoteados pelos demais, que desesperados, tentavam achar a saída. Haviam várias portas numeradas com seguranças em todas elas. O estranho é que os seguranças estavam bloqueando as saídas, impedindo as pessoas ao invés de ajudá-las a sair. Algumas pessoas estavam em chamas. Eu assistia a tudo, incapaz de fazer alguma coisa. Acordei suando. De novo o mesmo sonho. Já há alguns meses esse sonho me perseguia. Era sempre o mesmo lugar, a mesma casa, as mesmas portas, os mesmos números. Não fazia idéia da razão desse sonho. Nunca tinha visto esse lugar. Acordava sempre cansado e não rendia muito no trabalho e nem na escola. Chega o final do ano e felizmente eu passei para o último ano do colegial. Depois das férias de final de ano, havia parado de t

Japão

- Japão – por Jack Sawyer http://contosfantasticosdesial.blogspot.com jack.sawyer@itelefonica.com.br Manhã de quarta-feira. Alan estava eufórico. Afinal conseguiria sua tão sonhada viagem para o Japão, através de um intercambio. Seria neste fim de semana. Não conseguia se conter de tanta felicidade. Mas coisas estranhas começaram a acontecer. Ao preparar seu café da manhã, por acidente, deixou a caixa de cereais cair na mesa e derrubar quase todo o seu conteúdo. Na afobação de tentar aparar a queda, esbarrou na caixa de leite e a derrubou no chão. Não se importou muito, pois havia só um pouquinho. Iria se atrasar. Resolveu limpar toda a bagunça antes. Retirou primeiro a louça e os talheres, quando voltou para limpar os cereais, parecia que havia letras nos espaços vazios, antes ocupados pelas louças. Parecia a palavra “NÃO”. Não ligou muito, juntou tudo e foi limpar o chão. Olhou o relógio, não daria tempo. Pegou a mochila e saiu. No chão, o leite escorreu pelo vão entre os pisos e fo
Caros amigos e leitores do meu Blog. Esta noite recebi um email do TOPBLOG dizendo que meu Blog foi indicado para o prêmio TOPBLOG 2009. Por isso gostaria de pedir o voto de vocês. Basta clicar no selo e votar. Obrigado a todos. Jack Sawyer (Silvio Alex)

Fim de festa

Fim de Festa Por Jack Sawyer Esta historia é um caso verídico. Aconteceu em uma cidade de Minas Gerais. Os nomes dos personagens foram mudados para proteção dos mesmos. Como toda cidade de interior, lá também tem as suas lendas, e dizem que uma fabrica abandonada que outrora fora uma fabrica de doce de leite, às vezes se ouvem barulhos estranhos, como se de repente ela voltasse a funcionar. Vocês podem dizer “basta passar pelo outro lado da rua, na outra calçada”. Aí eu lhes pergunto, sabe o que tem do outro lado da rua? Uma serraria, também abandonada e coma mesmas peculiaridades assombrosas. A solução então era passar pelo meio da rua. Todos se despedem e seguem rumo suas casas. Já é alta madrugada em uma cidade pequena de Minas Gerais. Um casal vem descendo a ladeira, descontraídos. São dois irmãos e vinham conversando. Ao passar pela fábrica de doces abandonada, ouvem barulho de latas e panelas batendo nos fundos da ex-fábrica. Odete aperta o passo e puxa Ricardo. - O que é isso ma

Perna Longa

Perna Longa Por Jack Sawyer Jonas sempre foi impetuoso, corajoso, mancebo valentão. Sempre batia no peito dizendo “eu isso”, “eu aquilo”. Morava em um sitio. Ele, os pais e os irmãos. Era meio sertão. Naquele tempo, não tinha as facilidades que temos hoje. Uma ida ao supermercado, quando possível, era uma verdadeira viagem, a pé e por estrada de terra, ou através de trilhas no meio do mato. Sempre que saiam, Jonas ia à frente. E é em uma dessas saídas, que se passa nossa historia. De família católica, todos eles, era sagrado eles irem à igreja todo domingo. Saiam de casa com a luz do dia. Fim de tarde, na verdade. O crepúsculo, com seu disco dourado a se esconder por detrás dos morros. Como iam pegar trecho de mata, essa claridade não era suficiente para iluminar o caminho, então tinha que recorrer, ocasionalmente, às lanternas. Jonas, como sempre, ia à frente. Sentia-se como um explorador. Quando chegavam na cidade, ele voltava para o grupo e retomavam o passeio todos juntos. Chegavam

Tempestade elétrica - Parte 2

Tempestade elétrica Parte 2 Por Jack Sawyer Enredo: Rita Maria Felix da Silva “- O senhor tem uma nova ligação Sr. Lucas.”- disse a voz sintetizada de Gina, agora através de um holograma. - Quem é desta vez? “- É o chefe de pesquisas da Laborcri, senhor Lucas. Transfiro a ligação?” - Sim, mas sem o vídeo. - Bom dia senhor Lucas Uriel? – diz a voz suave e alegre do doutor. - Não creio que seja um bom dia, é a segunda vez que sou acordado hoje. E como o senhor usou este número, acredito que não seja um bom dia para o senhor também. A propósito, quem é o senhor e como conseguiu este número? – questiona Lucas. - Meu nome é doutor Marcos Albrieri, chefe de pesquisas da Laborcri, laboratório de criogenia. Eu represento várias pessoas, deste e de outros séculos. Seu nome é citado como um dos melhores caçadores e temos um trabalho para o senhor. - Prossiga. - Recentemente, uma das cabeças congeladas em meu laboratório sofreu... - Vá direto ao ponto. – interrompeu a conversa impaciente. - Bom,

Tempestade Elétrica - Parte 1

Tempestade elétrica Parte 1 Por Jack Sawyer Enredo de: Rita Maria Felix da Silva Lucas Uriel abre os olhos assustados. O som insistente do seu bip de emergência se confunde com seu pesadelo, até que fica claro que ele está acordado, preso naquela paralisia que sentimos ao sermos acordados repentinamente. Tivera aquele pesadelo novamente. Olha para o display luminoso do seu bip e reconhece o número. Pelo jeito tinha trabalho à vista. Olha para o teto e o relógio digital indica que são 03:00 da madrugada. Dita um comando de voz. - Responder ligação do bip. Uma seqüência de bipes indica que um número estava sendo discado. Uma voz eletrônica simulando uma voz feminina é ouvida na casa. “- Ligação completada Sr. Lucas” - Obrigada GInA. - Lucas? - Sabe que horas são? - Temos um trabalho para você. – responde uma voz do outro lado da linha, sem mostrar emoção e sem se importar com a pergunta. - Muito bem, onde é o incêndio? Silêncio. “- Acho que ele não entendeu a pergunta Sr. Lucas.” - Ok,

Tempestade elétrica - Prólogo

Tempestade elétrica Prólogo Por Jack Sawyer Ano 2055 No auge da tecnologia, a inserção de DNA humano em máquinas, para torná-las mais humanas, já é possível. A clonagem humana ainda era proibida e as diversas clínicas clandestinas, que efetuavam esse procedimento, eram terrivelmente atacadas e destruídas por ativistas contra a clonagem, tornando esse procedimento, arriscado e caro, ficando inviável a sua realização. ~ o ~ o ~ Ano 2108 Um fragmento de um meteoro cai na Terra, provocando uma grande agitação na comunidade cientifica, que detectaram duas coisas: primeira, o fragmento tinha vindo de outra galáxia; segundo haviam detectado fósseis com DNA preservado incrustado no fragmento de rocha estelar. Os cientistas conseguiram extrair DNA dos fósseis e começaram a inserir em humanos, em regime experimental. Em um século, 1/3 da população da Terra era híbrida, com DNA alienígena, mas mantinham a aparência humana. Em conseqüência disso, possuíam algumas características peculiares. Algun

O poço da vida eterna

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Poço da vida eterna . Por Jack Sawyer O vento açoitava o rosto e minhas orelhas. Já estava a 1600 metros de altura naquela escalada quase vertical, esperando que tudo aquilo fosse verdade. Preparara-se tanto. Tentava não olhar para baixo, mas era inevitável. A altura é muito maior vista de cima do que quando se está embaixo. Tudo isso começou há um ano atrás, quando socorri uma vítima de atropelamento. Era um cigano. Uma camionete o havia acertado em cheio e o jogado de encontro a uma árvore. Eu estava logo atrás com meu jipe, e vi quando o motorista da caminhonete foi embora sem prestar socorro. O homem estava muito mal. Não ia sobreviver, mas em seus últimos instantes de agonia, se esvaindo em sangue por todos os lados, enfiou a mão dentro colete de couro que estava usando e tirou um pacote enrolado com uma fina tira de couro. Antes que eu esboçasse qualquer reação, ele me fez jurar que seguiria adiante, que seguiria o mapa e encontraria o poço. Quando finalmente concordei, para que