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Mostrando postagens de março, 2008

A estrada

Já estava entardecendo quando eu retornava para casa. O sol já ia sumindo no horizonte, mas a estrada que eu estava, já havia escurecido. Envolto em árvores e montanhas só dava pra ver o céu avermelhado, anunciando que o dia seguinte seria de muito sol e calor. Vez ou outra eu fazia este trajeto. Não gostava muito. Era muito perigosa muita curva e a estrada quase sem acostamento. A vermelhidão do céu logo desapareceu dando lugar a uma escuridão sem lua e, por incrível que pareça, estava começando a esfriar. A estrada estava deserta, tinha pouco movimento ali. Pouca gente se aventurava por essa estrada, devido ao alto índice de acidentes. Em uma das poucas retas que tinha, vi uma moça ao longe, parecia perdida. Quando me aproximei mais, fez sinal com o polegar para trás, pedindo carona. A gente ouve tantos casos de assalto que fica com medo de ser solidário. Ela trajava um vestido sem mangas que ia um pouco abaixo dos joelhos, um tecido fino e branco, nada extravagante. Era branca e tin

A casa

Há alguns meses Paulo, Angélica, Alexandre e Cybele, planejavam um fim de semana retirado da cidade. Enquanto os quatro amigos conversavam na biblioteca, Cybele teve uma idéia. - Olha gente, tem um feriado na quinta feira, daqui a duas semanas. A gente poderia aproveitar esse, emendamos tudo e só voltamos na segunda, que tal? - Pra mim está ótimo – emendou Angélica. - E o local? Perguntou Paulo. - Isso deixa comigo. – completou Alexandre. - Então tá, tá combinado – confirmou Cybele. - Olha lá, pra onde você vai levar a gente. – disse Paulo. - Ih, tá com medinho é? – disse Alexandre em tom de gozação. - É claro que não, mas segurança em primeiro lugar. - Já disse, não esquenta, vou arrumar um lugar legal. - Deixem de conversinha e vamos, temos aula daqui a pouco. – disse Angélica. *** Um dia antes, se encontraram para acertar os detalhes. - Então pessoal, levem pouca coisa, quanto à comida, evitem os enlatados, pois fazem muito peso. – disse Alexandre. - E para onde nós vamos? – quis sa

Roda gigante

Dia de grande movimento no parque de diversões, afinal era período de férias. A fila para a roda gigante era enorme, mas era o brinquedo mais comentado. Paulo estava quase no final da fila, ouvira tantos comentários que resolveu enfrentar a fila. À sua frente dois rapazes comentavam: - Aí. Gostei tanto que vou de novo. - É isso aí cara. E quando ele dá aquela volta lá em cima, depois dá aquela paradinha e o carrinho fica balançando no vazio? - Huuuuuuu. Dá até um frio na barriga. - Nunca aconteceu nenhum acidente? – Paulo resolveu participar da conversa. - Há um ano dois adolescentes caíram lá do alto, num desses balanços que o carrinho dá. - É, mais é animal essa balançada. – concordou o outro. Esses dois são meio birutas, pensou Paulo. Estranhamente Paulo começou a perceber que todo mundo que passava por ele, o olhava diferente, fazendo caras esquisitas. - Mas que coisa. – pensou Paulo – eu nunca estive aqui, porque tá todo mundo me olhando desse jeito. Estando próximo da roda gigant