Às vezes vemos algo ou pensamos que vemos. Ou então vemos, mas nos parece tão absurdo, tão improvável, que simplesmente não acreditamos que esteja lá. Mas está lá. Nos observando e seguindo nossos passos. Talvez você não esteja tão só quanto imagina...
Hoje ela apareceu novamente. Não tem dia ou hora, mas sim momentos. E sempre são nos momentos em que não estou me sentindo bem. Não estou em paz comigo mesmo. Quando estou com raiva. Raiva, tal como um monstro preso por delicadas correntes prestes a se romperem. Nestes momentos ela aparece. Com seu toque gélido e delicado, com sua voz melodiosa e agradável, ela consegue me acalmar. Ela não fala comigo com palavras mas sim com música, tal qual uma elfa. Como nos contos de fadas, a bela acalma a fera com música, externando seus sentimentos, sangrando-o na forma de lágrimas, esvaziando-o por completo, até que reste somente a paz e a serenidade. Da mesma forma que apareceu, também se foi. Simples assim. Jack Sawyer
No meio da madrugada, o telefone toca insistentemente. Dijorje fica deitado, sonolento, esperando que o telefone parasse de tocar. Mas ele não para. Meio a contragosto, ele atende. Alô? Doutor? É o Maiko. - Diz a voz do outro lado da linha. Um alerta dispara na cabeça de Dijorge. Ele levanta da cama, já desperto e por hábito, já começa a se vestir, ainda com o receptor no ouvido. Fala Maiko. Aconteceu de novo. Onde você esta? Perto da ferrovia. Estarei aí em dez minutos. Dijorge era delegado de polícia de uma pequena cidade. Beirava a casa dos 40 anos, porte atlético, cabelos grisalhos penteados para trás. Rapidamente se vestiu finalizando com a jaqueta preta surrada, a arma e o distintivo, que prendeu no cinto da calça. *** Boa noite doutor? Bom dia, você quer dizer. Que por sinal, é um péssimo jeito de começar o dia. Já viu o corpo? Já. E …? Aparentemente, pescoço quebrado. Mas vou ter mais detalhes quando fizer a a...
Como viram no post anterior, eu coloquei o conto da Rita Maria Félix da Silva: CENA NO JARDIM DE DOM HECTOR DE BRANDABADERE e que derivou As Canções de Mimeme de Daniel Folador e acabou derivando o meu conto. Para que vocês se situem melhor eu sugiro ler antes CENA NO JARDIM DE DOM HECTOR DE BRANDABADERE e logo em seguida As Canções de Mimeme para depois ler o meu. É só para um entendimento melhor, não existe uma sequência, mas alguns personagens e cenas são citadas neste conto e se referem aos dois anteriores. Espero que gostem. Boa leitura. A vingança de Naziam Baseado no universo do Jardim de Dom Hector de Brandabadere. de Rita Maria Félix da Silva. O rei dos peixes há muito lamentava a perda do filho para as nuvens sapientes e devoradoras. Entre seus inúmeros filhos, este era o senhor dos seus exércitos, o primeiro na sucessão do trono e o mais dedicado ao reino. Todo o reinado sentia a perda do príncipe Nagô, e prometeram ao r...
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