Às vezes vemos algo ou pensamos que vemos. Ou então vemos, mas nos parece tão absurdo, tão improvável, que simplesmente não acreditamos que esteja lá. Mas está lá. Nos observando e seguindo nossos passos. Talvez você não esteja tão só quanto imagina...
Buraco negro - Sérgio! Tire dez cópias deste relatório. E é para ontem. “Tudo é para ontem” - pensou Sérgio - “pegaram o formulário agora e já querem para ontem.” A grande copiadora ficava no terceiro andar. Ele agora estava no térreo. Passou pela máquina de café pegou um copo da bebida quente e seguiu para as escadas. Seria péssima ideia ir pelo elevador que vivia sempre lotado, algum engomadinho poderia esbarrar nele, derrubar o café e ainda culpá-lo por isso. Além do mais, poderia bebericar seu café sossegadamente. Chegando no terceiro andar, sentou em uma cadeira e descansou um pouco. Depois foi até a maquina de xerox que ficava no fundo de uma sala ampla. O local foi escolhido pelo espaço e porque a máquina emitia ruídos muito altos. Sérgio colocou o copo de café vazio em cima da copiadora, posicionou os formulários na traseira da máquina e apertou o botão verde de iniciar. Nada aconteceu. Apertou mais uma vez, e de novo, e de novo, e nada. “Mais essa agora. Só...
Por trás da décima porta jack.sawyer@itelefonica.com.br http://contosfantasticosdesial.blogspot.com As pessoas estavam gritando. A grade do segundo andar do grande salão estava em chamas. Muitos estavam se atirando lá de cima, para acabarem sendo pisoteados pelos demais, que desesperados, tentavam achar a saída. Haviam várias portas numeradas com seguranças em todas elas. O estranho é que os seguranças estavam bloqueando as saídas, impedindo as pessoas ao invés de ajudá-las a sair. Algumas pessoas estavam em chamas. Eu assistia a tudo, incapaz de fazer alguma coisa. Acordei suando. De novo o mesmo sonho. Já há alguns meses esse sonho me perseguia. Era sempre o mesmo lugar, a mesma casa, as mesmas portas, os mesmos números. Não fazia idéia da razão desse sonho. Nunca tinha visto esse lugar. Acordava sempre cansado e não rendia muito no trabalho e nem na escola. Chega o final do ano e felizmente eu passei para o último ano do colegial. Depois das férias de final de ano, havia parado de t...
Como viram no post anterior, eu coloquei o conto da Rita Maria Félix da Silva: CENA NO JARDIM DE DOM HECTOR DE BRANDABADERE e que derivou As Canções de Mimeme de Daniel Folador e acabou derivando o meu conto. Para que vocês se situem melhor eu sugiro ler antes CENA NO JARDIM DE DOM HECTOR DE BRANDABADERE e logo em seguida As Canções de Mimeme para depois ler o meu. É só para um entendimento melhor, não existe uma sequência, mas alguns personagens e cenas são citadas neste conto e se referem aos dois anteriores. Espero que gostem. Boa leitura. A vingança de Naziam Baseado no universo do Jardim de Dom Hector de Brandabadere. de Rita Maria Félix da Silva. O rei dos peixes há muito lamentava a perda do filho para as nuvens sapientes e devoradoras. Entre seus inúmeros filhos, este era o senhor dos seus exércitos, o primeiro na sucessão do trono e o mais dedicado ao reino. Todo o reinado sentia a perda do príncipe Nagô, e prometeram ao r...
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